Fotos: BLOG DO ANDERSON Na madrugada desta Sexta-feira da Paixão, católicos de Vitória da Conquista mantiveram viva uma tradição centenária: a caminhada em procissão até o Cristo Crucificado, obra do escultor Mário Cravo Júnior, na Serra do Piripiri . A concentração teve início ainda antes das seis da manhã, em frente à Catedral Metropolitana de […]
Fotos: BLOG DO ANDERSON
Na madrugada desta Sexta-feira da Paixão, católicos de Vitória da Conquista mantiveram viva uma tradição centenária:
a caminhada em procissão até o Cristo Crucificado, obra do escultor Mário Cravo Júnior, na Serra do Piripiri
. A concentração teve início ainda antes das seis da manhã, em frente à Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Vitórias, marcando o ano jubilar da Igreja. Com momentos de oração, penitência e sacrifício, os participantes seguiram em silêncio, refletindo sobre os passos de Jesus Cristo rumo ao Calvário. Ao longo do trajeto, paradas para leituras bíblicas, louvores e mensagens de fé conduziram a multidão que tomou as ruas desde as primeiras horas do dia.
A caminhada marcou o início do Tríduo Pascal e foi a primeira conduzida por Dom Vítor Aguinaldo de Menezes como arcebispo metropolitano de Vitória da Conquista.
“Tenho a percepção de um povo de muita fé, que busca caminhar com Cristo em direção à libertação. Pela cruz, chegamos à luz. Foi nela que Cristo deu a vida por nós”
, refletiu o arcebispo. Muitos seguiram o percurso descalços, em sinal de humildade e entrega.
Foi o caso de Gabriela Hipólito, que cumpria uma promessa:
“Esse é o meu segundo ano subindo descalça. Espero poder continuar pagando minhas promessas aqui, seja dessa forma ou de outra”.
Após duas horas, a multidão chegou ao ponto mais alto da caminhada: o Cristo, considerado o maior crucifixo do mundo. Ali, os presentes relembraram o último ato da Paixão de Cristo: a morte para a salvação da humanidade.
“Mais do que pagar uma promessa, essa caminhada é uma forma de lembrar o quanto somos amados por Deus”,
disse um dos devotos.
“Na cruz, Cristo nos disse: vou morrer por vocês. E foi por meio da sua morte que recebemos a salvação.”
Sob os braços do Cristo crucificado, um verdadeiro mar de fé se formou. Cada pessoa, uma gota dessa imensidão de esperança que ecoa uma mensagem eterna: a morte não é o fim.