Foto: BLOG DO ANDERSON A morte do bebê John Henrique, após mais de 30 horas de trabalho de parto induzido no Hospital Municipal Esaú Matos, em Vitória da Conquista, causou grande comoção e gerou denúncias de violência obstétrica. A mãe, Caroline Rodrigues dos Santos, com 40 semanas de gestação, foi encaminhada à unidade no dia […]
Foto: BLOG DO ANDERSON
A morte do bebê John Henrique, após mais de 30 horas de trabalho de parto induzido no Hospital Municipal Esaú Matos, em Vitória da Conquista, causou grande comoção e gerou denúncias de violência obstétrica. A mãe, Caroline Rodrigues dos Santos, com 40 semanas de gestação, foi encaminhada à unidade no dia 22 de março, mas a cesariana só foi realizada três dias depois, quando já havia sinais de complicações. O bebê nasceu com vida, mas não resistiu.
A denúncia foi exibida no Bahia Meio Dia e repercutida pelo BLOG DO ANDERSON, mobilizando a Comissão de Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Vitória da Conquista. A vereadora Márcia Viviane de Araújo Sampaio, do Partido dos Trabalhadores, cobrou explicações da Fundação Pública de Saúde. O colegiado também informou que tem recebido outros relatos sobre falhas na assistência, demora nos procedimentos e prorrogação de partos. A família afirma estar enfrentando dificuldades para obter o prontuário médico da paciente.
Embora a Fundação alegue seguir o prazo legal de até 90 dias para disponibilização do documento, os advogados apontam ilegalidade na recusa, o que compromete o andamento das investigações. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público da Bahia e já tramita na Justiça. A diretora da Fundação, Ceres Neide Almeida Costa, declarou que os protocolos médicos foram seguidos e que investigações internas estão em curso, conduzidas pelo Núcleo de Segurança do Paciente e pela Comissão de Investigação de Óbitos.
O resultado desses levantamentos é esperado para meados de maio. Referência em saúde materno-infantil, o Hospital Esaú Matos também enfrenta desafios como superlotação e sobrecarga das equipes, fatores que têm contribuído para a precarização dos atendimentos. A repercussão do caso reforçou a necessidade urgente de melhorias na estrutura hospitalar, nos fluxos internos e no respeito aos direitos das gestantes e de suas famílias.