Caso de Justiça | MP-BA dá prazo para Claudia Leitte se manifestar sobre retirada de nome de Orixá em música

Foto: Joilson Cesar | Agência Picnews

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), nesta quarta-feira (8), instaurou um inquérito para apurar um possível ato de racismo religioso cometido pela cantora Claudia Leitte, como é conhecida Claudia Cristina Leite Inácio Pedreira, após ela substituir o nome de um orixá por uma referência cristã na música

“Caranguejo”,

durante um show em Salvador. A cantora cantou

“Eu canto meu Rei Yeshua”

no lugar de “

Saudando a rainha Iemanjá”,

gerando polêmica nas redes sociais. O MP-BA recebeu denúncias do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e da Iyalorixá Jaciara Ribeiro. A promotora Lívia Sant’Anna Vaz abriu o inquérito e convocou Claudia Leitte e os compositores da música para uma audiência pública marcada para 27 de janeiro. O objetivo da investigação é apurar se houve violação de direitos das comunidades religiosas afro-brasileiras e possível racismo religioso. A mudança na letra foi criticada por figuras públicas como o secretário de Cultura de Salvador, Pedro Tourinho, e a professora Bárbara Carine, que denunciaram racismo religioso. Em contrapartida, Carlinhos Brown, criador do espaço onde o evento ocorreu, defendeu Claudia Leitte, afirmando que ela não é racista. A cantora, em uma coletiva, afirmou que o racismo é um tema sério, mas não se manifestou diretamente sobre a acusação durante o show.