(02 de janeiro de 2025) As eleições de mesas diretoras de parlamentos são diferentes do processo eleitoral das urnas. Trata-se de um processo em que as forças políticas mais diversas precisam pactuar uma convivência, dividir responsabilidades sobre os espaços internos da Câmara, e definir quem estará nas Comissões Permanentes (ex: CCJ, Educação, Saúde, Comissão de […]
(02 de janeiro de 2025)
As eleições de mesas diretoras de parlamentos são diferentes do processo eleitoral das urnas. Trata-se de um processo em que as forças políticas mais diversas precisam pactuar uma convivência, dividir responsabilidades sobre os espaços internos da Câmara, e definir quem estará nas Comissões Permanentes (ex: CCJ, Educação, Saúde, Comissão de ética, etc.). Trata-se de instrumento meramente admirativo da Câmara, não sendo definidor de alianças políticas.
É comum partidos antagônicos fazerem composições para a disputa da mesa diretora, por questões estratégicas de ocupação de espaços. Como exemplo temos o Congresso Nacional, em que o PT decidiu por apoiar Hugo Mota (Republicanos), candidato de Arthur Lira (PP). Em São Paulo, fomos oposição a Ricardo Nunes (MDB), mas o PT votou em seu candidato à presidência da Câmara (do União Brasil) – mesmo havendo uma chapa do PSOL. Em Feira de Santa e Lauro de Freitas o PT disputou a prefeitura contra o União Brasil e perdemos, mas nossos vereadores votaram nos presidentes da Câmara do UB. Em Salvador, a vereadora do PT votou no candidato de Bruno Reis (do PSDB).
Essa situação é comum, se repetiu em todo o país e nem por isso os colegas parlamentares traíram os princípios estatutários do PT. Em Conquista, o histórico sempre foi das chamadas mesas mistas (sem disputa entre chapas), e inclusive no governo Herzem membros do PT e dos partidos de esquerda fizeram parte da mesa– Valdemir, Nildma, Cícero e Luciano Gomes. Mas desde 2021 o PT ficou de fora das composições (não por vontade, mas sim por veto de quem articulou a maioria).
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