Fotos: Reprodução | PU O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), anunciado em 6 de dezembro, deve aumentar o comércio entre o Brasil e a UE em R$ 94,2 bilhões nas próximas quatro décadas, com um impacto de 5,1% no comércio atual e 0,34% no PIB brasileiro. O Governo […]
Fotos: Reprodução | PU
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), anunciado em 6 de dezembro, deve aumentar o comércio entre o Brasil e a UE em R$ 94,2 bilhões nas próximas quatro décadas, com um impacto de 5,1% no comércio atual e 0,34% no PIB brasileiro. O Governo Federal do Brasil também estima que as exportações brasileiras para a UE crescerão R$ 52,1 bilhões, enquanto as importações da UE aumentarão R$ 42,1 bilhões. Além disso, o Brasil pode ver um aumento de R$ 13 bilhões em investimentos e uma redução de 0,56% nos preços ao consumidor. O acordo prevê uma redução gradual de tarifas, com prazos que variam de 4 a 30 anos, e estabelece cotas para produtos agrícolas brasileiros, como carne suína, etanol e açúcar, enquanto os produtos industriais da UE entrarão sem restrições de volume. Para o professor Giorgio Romano Schutte,
“um dos principais pontos de assimetria do acordo é que os produtos industriais da União Europeia entram sem cotas, enquanto os produtos agrícolas do Mercosul têm limites de exportação”.
Ele também destaca que “o impacto não será imediato, e a geração de empregos será gradual, mas o acordo deve fortalecer a negociação com a China e os Estados Unidos”.
O professor ainda menciona que
“o acordo aumenta o comércio e o poder de negociação do Brasil com a China e os Estados Unidos, trazendo também um elemento político, além do econômico”.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 46,3 bilhões para a União Europeia, sendo os principais produtos: alimentos para animais (11,6%), minérios metálicos e sucata (9,8%), café, chá, cacau e especiarias (7,8%) e sementes e frutos oleaginosos (6,4%). Por outro lado, o Brasil importou US$ 45,4 bilhões da UE, com destaque para produtos farmacêuticos e medicinais (14,7%), máquinas e equipamentos industriais (9,9%) e veículos rodoviários (8,2%). Além disso, os Estados Unidos da América (EUA) continuam a ser um parceiro comercial fundamental para o Brasil. O Governo Federal do Brasil trabalha para equilibrar suas relações comerciais com a UE e os EUA, os dois principais blocos econômicos com os quais o Brasil mantém uma intensa troca comercial. O impacto do acordo com a UE também pode influenciar a dinâmica com os EUA, uma vez que o Brasil busca fortalecer sua posição em negociações internacionais. As informações são da Agência Brasil.