O ex-presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro chegou à Capital Federal na noite desta segunda-feira (25), após uma viagem ao Nordeste, e concedeu uma coletiva de imprensa no Aeroporto Internacional de Brasília. Durante mais de 40 minutos, Bolsonaro reafirmou sua posição e negou qualquer envolvimento em um golpe de Estado, afirmando com veemência: “ […]
O ex-presidente da República Brasileira Jair Messias Bolsonaro chegou à Capital Federal na noite desta segunda-feira (25), após uma viagem ao Nordeste, e concedeu uma coletiva de imprensa no Aeroporto Internacional de Brasília. Durante mais de 40 minutos, Bolsonaro reafirmou sua posição e negou qualquer envolvimento em um golpe de Estado, afirmando com veemência: “
Nunca houve discussão de golpe”
. Ele garantiu que, como presidente, sempre agiu dentro da Constituição e estudou todas as medidas possíveis “dentro das quatro linhas”.
“Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu perguntaria: ‘E o day after? Como fica o mundo perante a nós?’”,
afirmou, descartando qualquer intenção de subverter a ordem democrática. Bolsonaro também criticou a investigação da Polícia Federal, que o indiciou por crimes relacionados ao golpe de Estado, e a condução do inquérito.
“O inquérito não tem a participação do Ministério Público. A mesma pessoa faz tudo e no final do relatório ele volta para condenar quem quer que seja”,
disse. Ele também afirmou que a palavra
“golpe”
nunca esteve em seu vocabulário desde que assumiu o cargo, destacando que sempre defendeu ações dentro da legalidade. Durante a coletiva, Bolsonaro voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro Alexandre de Moraes, criticando a campanha da corte para incentivar jovens de 16 e 17 anos a tirarem o título de eleitor, o que, segundo ele, favoreceu o adversário nas eleições. O ex-presidente também se pronunciou sobre o Projeto de Lei (PL) de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, afirmando que o inquérito não ameaça o projeto e que a anistia é uma questão diferente, lembrando a Lei de Anistia de 1979. Além disso, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, reiterando sua posição há doze anos e criticando as ações judiciais que buscam impedi-lo de se manifestar contra o sistema eleitoral atual.