Fotos-Wuiga Rubini | GOVBA Na terça-feira (5), durante a partida entre o Esporte Clube Bahia e o São Paulo Futebol Clube na Arena Fonte Nova, em Salvador, 384 assentos ficaram desocupados, cobertos com camisas de diversos times e um bandeirão com a frase “ A paz vai ocupar”. A ação simbolizou as vítimas fatais da […]
Fotos-Wuiga Rubini | GOVBA
Na terça-feira (5), durante a partida entre o Esporte Clube Bahia e o São Paulo Futebol Clube na Arena Fonte Nova, em Salvador, 384 assentos ficaram desocupados, cobertos com camisas de diversos times e um bandeirão com a frase “
A paz vai ocupar”.
A ação simbolizou as vítimas fatais da violência nos estádios e marcou o lançamento da campanha nacional
“Cadeiras Vazias”,
promovida pelo Ministério do Esporte para combater a violência no futebol. O evento contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e do ministro do Esporte, André Fufuca.
“As torcidas têm que compreender que a disputa acontece lá dentro, nas quatro linhas. Aqui fora é a nossa unidade”, afirmou o governador. O número de assentos vazios representou as mortes ocorridas entre 1988 e 2023 em confrontos entre torcedores, conforme levantamento do jornalista Rodrigo Vessoni. Fufuca destacou: “
Nosso objetivo é transformar os estádios em lugares seguros, onde as famílias possam torcer com alegria e sem medo. Todos têm um papel na construção dessa mudança.”
A campanha recebeu apoio da CBF, da Anatorg e de clubes, com o intuito de conscientizar sobre a violência e incentivar comportamentos mais respeitosos nas arquibancadas.
A presença de familiares de vítimas, como Ettore Marchiano, pai de Gabriela Anelli, e Mikaelly Belinasi, irmã de Sérgio Henrique, deu ainda mais significado à ação. Tiago Valdevino, tio de Paulo Ricardo da Silva, lembrou: “Essa campanha é uma forma de mostrar o vazio deixado por quem perdeu um ente querido devido à violência no futebol.” A campanha foi amplamente divulgada, com apoio da TV Globo e SporTV, e gerou grande engajamento nas redes sociais, com a hashtag #PazVaiOcupar. A ação incluiu minidocumentários sobre vítimas e um momento de silêncio em homenagem aos mortos.