Foto: reprodução/G1 Bahia Uma paciente foi internada em Vitória da Conquista, após sofrer complicações graves ao fazer uma cirurgia plástica com uma biomédica. As informações foram confirmadas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), que recebeu a denúncia na segunda-feira (14). De acordo com o Cremeb, a paciente procurou a profissional para […]
Foto: reprodução/G1 Bahia
Uma paciente foi internada em Vitória da Conquista, após sofrer complicações graves ao fazer uma cirurgia plástica com uma biomédica. As informações foram confirmadas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), que recebeu a denúncia na segunda-feira (14).
De acordo com o Cremeb, a paciente procurou a profissional para fazer a lipoaspiração da região submentoniana, uma cirurgia conhecida popularmente como “lipo da papada”. O procedimento custa a partir de R$ 6 mil, mas varia de acordo com a cidade, hospital e profissional escolhidos. O Cremeb não detalhou se a paciente sabia ou não que a profissional não é médica.
Durante a cirurgia, a biomédica fez uma incisão no pescoço da paciente que causou lesões em diversos vasos, impedindo inclusive a respiração. A paciente foi socorrida para um hospital de Vitória da Conquista com risco de morte.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Géza Ürményi, atual coordenador da comissão de especialistas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), assim como outros procedimento cirúrgicos, a “lipo da papada” é uma cirurgia de risco, pois diversos vasos importantes passam na região do pescoço.
“Essa região tem diversas artérias grandes, como a carótida. Já vi casos de pacientes internados nas emergências por causa desse tipo de caso, cirurgias feitas por pessoas que não são médicas”, contou.
De acordo com a resolução 1711 do Conselho Federal de Medicina, feita em 2003, a lipoaspiração de qualquer região do corpo deve ser realizada apenas por médicos habilitados em área cirúrgica geral e devidamente treinados.
Na segunda-feira, o Cremeb fez uma visita de fiscalização no hospital onde a vítima está internada e reuniu elementos do prontuário. A assessoria do conselho afirma que vai denunciar a profissional ao Ministério Público, por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.
G1 Bahia