Carnaval da Bahia | Estado anuncia R$ 15 milhões para o edital Ouro Negro com ampliação de faixas para o recurso

Fotos :Thuane Maria | GOVBA O toque do agogô e a percussão dos blocos afros estão garantidos no Carnaval de Salvador e nas celebrações populares do interior da Bahia no ano que vem. Cerca de R$ 15 milhões foram anunciados pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SeCultBA) e […]

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2/10/2024 16:58

Fotos :Thuane Maria | GOVBA

O toque do agogô e a percussão dos blocos afros estão garantidos no Carnaval de Salvador e nas celebrações populares do interior da Bahia no ano que vem. Cerca de R$ 15 milhões foram anunciados pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SeCultBA) e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais do Estado da Bahia (SEPROMI), para o Edital Ouro Negro no próximo ano. Durante coletiva de imprensa realizada, nesta quarta-feira (2), na sede da SeCultBA, os secretários Bruno Monteiro e Ângela Guimarães, explicaram que os festejos vão contar com uma faixa maior de distribuição dos recursos para atender a um número maior de agremiações.

“A gente mostra aqui a evolução dos recursos aplicados nos últimos anos. Esse ano nós tivemos o maior investimento da história do programa, com R$ 14,7 milhões. Em 2025 a gente supera essa marca, chegando a R$ 15 milhões, mas mantendo esse compromisso de um apoio grande e permanente para as políticas dos blocos afros, ampliando também as faixas, atendendo a uma reivindicação dos blocos”,

detalhou Bruno Monteiro. Secretária da Igualdade Racial, Ângela Guimarães completou que o edital foi antecipado para que as entidades tenham mais tempo para se preparar para o Carnaval e para as Festas Populares.

“Esse programa, que é uma inovação, é importante para que a gente diga que nós temos um Carnaval que é um cartão de visitas pro nosso estado e pra nossa cidade. Então o poder público entra, exatamente, com esse papel de preservar essa cultura, mas compreendendo que essa também é uma política afirmativa, esse também é um reconhecimento do papel civilizatório, do papel cultural, do papel de promoção cultural desses segmentos.

Então, a gente amplia o calendário, o investimento e amplia também a faixa”,

reforçou Ângela Guimarães. Serão 114 propostas contempladas. As faixas para o Carnaval de Salvador contarão com apoios que vão de R$ 30 mil a R$ 1 milhão, atendendo a 75 propostas. Para a Lavagem do Bonfim e para a Micareta de Feira de Santana, três faixas, de R$ 30 a R$ 100 mil reais, vão servir a 25 propostas aprovadas. As instituições culturais de matrizes africanas, que incluem os blocos afros, afoxés, samba, reggae e blocos indígenas poderão inscrever suas propostas gratuitamente de 1° a 31 de outubro. As agremiações, ainda, poderão participar de mais de um evento: Carnaval de Salvador ou do interior, Lavagens do Bonfim, de Itapuã e de Santo Amaro, além de Micareta de Feira de Santana. No Carnaval de Salvador, os blocos poderão se inscrever em um dos oito circuitos oficiais: Dodô, Osmar, Orlando Tapajós, Sérgio Bezerra, Batatinha, Riachão,

Mestre Bimba e Mãe Hilda Jitolú. As instituições que tiverem no corpo diretivo jovens ou mulheres negras e pessoas LGBTQIAPN+ terão pontuação diferenciada, conforme previsto no edital de seleção. O secretário da cultura também adiantou que nos próximos dias serão anunciados os editais para o acesso aos recursos da política nacional Aldir Blanc, que esse ano terá uma seção para ações continuadas, que deverá atender também aos blocos afros ao longo do ano

. “São mais de R$ 110 milhões de investimentos, aqui, no nosso estado, somente pelo Governo do Estado e, dentro desses editais, teremos um edital específico de ações continuadas para garantir o financiamento ao longo de todo o ano para essas entidades, entendendo que elas não fazem só Carnaval, elas fazem um trabalho cultural de educação, de resistência nas suas comunidades, ao longo de todo o ano.

Por isso, nós queremos que esse recurso, que é tão importante para a democratização dos fazeres culturais, fortaleça ainda mais os blocos afros”

, frisou o titular da cultura. O Ouro Negro concede apoio financeiro às entidades de matrizes africanas para a realização dos seus desfiles Carnavalescos. Há dez anos, com a publicação da Lei nº 13.182, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, o Programa Ouro Negro foi ampliado. Em 2024 foram R$ 14,7 milhões destinados pelo Governo de Estado pelo programa, além da ampliação do recurso para apoio às entidades em lavagens e na Micareta de Feira de Santana.

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https://www.blogdoanderson.com/2024/10/02/secult/