Eleições 2024: Dos quatro candidatos à Prefeitura de Conquista, dois se declaram brancos e dois se declaram pardos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira (16) a relação de candidaturas para as eleições municipais de 2024. Com as informações disponibilizadas, é possível traçar o perfil dos candidatos com base em gênero, estado civil, faixa etária, grau de instrução, cor/raça, ocupação, identidade de gênero e outros critérios. Até o momento, foram apurados 455.493 […]

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16/8/2024 17:40

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira (16) a relação de candidaturas para as eleições municipais de 2024. Com as informações disponibilizadas, é possível traçar o perfil dos candidatos com base em gênero, estado civil, faixa etária, grau de instrução, cor/raça, ocupação, identidade de gênero e outros critérios.

Até o momento, foram apurados 455.493 pedidos de registros de candidatura, dos quais apenas 20.031 foram julgados. O perfil dominante é semelhante aos anos anteriores: homens (66%), casados (51%), com idade entre 40 a 54 anos e ensino médio completo (38,99%).

No quesito cor/raça, os candidatos que se declaram pardos (41,34%) ou pretos (11,39%) — categorias que compõem os negros, segundo a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — somam ao todo 53% das candidaturas, superando os candidatos que se autodeclaram brancos (45,65%).

Em Vitória da Conquista, para o maior cargo em disputa nas eleições municipais de 2024, o de prefeito ou prefeita, a atual gestora e candidata à reeleição, Sheila Lemos (União Brasil) se declarou parda. Ela foi a primeira a registrar a candidatura no TSE. O candidato Dr. Marcos Adriano, do Avante, também se declarou pardo. Ele foi o segundo a registrar a candidatura no TSE.

Já Waldenor Pereira (PT) e Lúcia Rocha (MDB), que também disputam à Prefeitura de Vitória da Conquista se declaram brancos.

Com a decisão proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2020, a declaração racial passou a impactar diretamente na distribuição de fundo e horário eleitorais. O TSE passou a coletar informações de raça dos candidatos em 2014. A coleta se dá pelo preenchimento da autodeclaração racial do Formulário de Registro de Candidatura. Em 2020, o TSE decidiu que a distribuição dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do tempo de propaganda eleitoral gratuita deve ser proporcional ao total de candidatos negros que o partido apresentar ao pleito.