Assentados do Amaralina querem tombar casa rural de Régis Pacheco e criar Museu da Reforma Agrária

Assentados da Fazenda Amaralina se reuniram na manhã desta quinta-feira (25) com a prefeita Sheila Lemos, propondo o tombamento da casa que pertenceu ao ex-governador da Bahia, ex-deputado federal e ex-prefeito de Vitória da Conquista, Luiz Régis Pacheco. O casarão foi construído na década de 1930 e atualmente serve de sede para a associação dos […]

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26/7/2024 10:49

Assentados da Fazenda Amaralina se reuniram na manhã desta quinta-feira (25) com a prefeita Sheila Lemos, propondo o tombamento da casa que pertenceu ao ex-governador da Bahia, ex-deputado federal e ex-prefeito de Vitória da Conquista, Luiz Régis Pacheco. O casarão foi construído na década de 1930 e atualmente serve de sede para a associação dos agricultores.

A ideia dos assentados é fundar o Museu da Reforma Agrária, para preservar a memória da luta travada pela terra do final da década de 1980 e que resultou na primeira conquista efetiva de propriedade rural para mais de uma centena de pequenos agricultores. Eles ocuparam a área em 1987, gerando um dos mais conhecidos conflitos pela posse de terras na Bahia.

Liderança comunitária da Amaralina, o lavrador Ednilson de Jesus – popular Benício – afirmou que o objetivo é assegurar que as futuras gerações conheçam a luta pela terra travada naquele local e que a história do lugar sirva de inspiração para que estudos sejam feitos sobre a história das lutas camponesas ocorridas em Vitória da Conquista e na Bahia.

“Tenho orgulho de ter participado desde o início desta luta, com tantos companheiros e companheiras, que decidiram encampar esta luta por um pedaço de terra. Foi um conflito muito grande e que valeu a pena. Agradeço a ex-coordenadora da Defesa Civil, Rosa Freitas, por todo apoio que nos vem dando nessa caminhada, que tem sido de grande valia pra todos nós”, disse Benício.

A prefeita Sheila Lemos se mostrou bastante sensível à questão do tombamento do patrimônio histórico e afirmou que faria todos os encaminhamentos junto à Secretaria de Cultura para assegurar a preservação do imóvel. Agora, o documento pedindo o tombamento será encaminhado ao Conselho de Cultura, que fará a análise e parecer sobre o pedido.